A Comissão responsável pela elaboração da Carta Aberta em Defesa das Tradições Populares de Piracicaba realizou sua primeira reunião na manhã deste sábado ,23. O grupo é formado por representantes da Catira, dos Bonecos de Elias, do Cururu, da Congada do Divino, do Batuque de Umbigada, do Carnaval, do Samba de Lenço, membros de associações culturais, do Conselho Municipal de Cultura e outras instituições da cidade interessadas no tema.
O objetivo foi dar início às discussões dos assuntos que serão incluídos na Carta, que será concluída na tarde de amanhã (24). O encontro teve início com a exposição pelo Programador Cultural do Sesc, Francisco Galvão, o Chico, da proposta de dinâmica a ser usada na reunião.
Um ponto relevante do encontro, unânime na opinião de todos, foi a falta de um representante do ensino do município. “Seria interessante que houvesse alguém da Diretoria de Ensino nesta reunião”, lembrou a professora de arte e artista plástica Maria Virginia Pinton. Luiz Veloso, do Cururu, defendeu também a importância de que as tradições sejam inseridas no ambiente educacional, e afirmou que “a educação é fundamental em todas as atividades”. Seguindo esta linha, Vanderlei Bastos - do Batuque de Umbigada - falou que “tudo é questão de educação. As manifestações Culturais do nosso município devem chegar às crianças também através das escolas”.
Outro assunto que fez parte da colocação da maioria dos presentes foi a importância de resgatar, registrar e transferir para as gerações futuras cada tradição. Para Roberta Lessa – uma das representantes da Congada do Divino - “se a gente não guarda a memória, ficamos sem raiz”. “As manifestações que fazem nossas raízes”, complementou Manuel Guglielmo – do Conselho Municipal de Cultura.
Após todos exporem suas idéias sobre o tema, deu-se início a colocação das propostas para elaboração do documento e também de demais ações culturais para resgatar o patrimônio imaterial do município. Os principais pontos foram:
- Levantamento dos espaços físicos disponíveis para futuras apresentações dos grupos;
- Inclusão dos números das leis existentes relacionadas à cultura; inclusive o número da lei municipal que obriga o prefeito eleito no próximo ano (2009) à criação e construção de um espaço que abrigue as manifestações culturais;
- Exigir mudanças – quando necessário - nas leis existentes, para melhor proteger as manifestações imateriais (foi lembrado que o Codepac - Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico Cultural não tem leis que protejam manifestações culturais imateriais);
- Cobrança pessoal – e não só através da carta - por parte dos membros do Conselho junto às autoridades municipais;
- Realização de manifestação cultural conjunta, onde estejam presentes todas as manifestações do município;
- Inclusão do poema de autoria de “Marcha Lenta”, lido na noite de ontem (22);
Vale lembrar que no período da tarde de hoje serão realizadas rodas de conversa de cada tradição, onde surgirão novas idéias a serem incluídas no documento final.
2 comentários:
Meu nome correto é Maria Virginia Pinton e não Maria Regina. Obrigada.
Desculpe o engano e obrigado pela informação. Correção feita.
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