(Iuri Botão
As rodas de conversa do sábado, 23, foram marcadas por uma característica principal: ressonância. Enquanto a programação previa rodas individuais para que cada grupo discutisse seus problemas e apresentasse novas soluções, o que ocorreu foi uma roda unificada, coordenada por Manuel Guglielmo, do Conselho Municipal de Cultura, e Rita Moura, da Associação Pró-Cultura de Piracicaba, que repetiu muitas das discussões da manhã de sábado.
Após a apresentação de Cururu, todos os representantes das tradições que estavam no SESC formaram uma única roda de conversa, visando que os problemas específicos de cada tradição fossem discutidos por representantes de todas elas.
Dando início à conversa, Guglielmo sugeriu que se discutisse a possibilidade de criação de um espaço que servisse tanto para educação e propagação da tradição, quanto para que os “cururueiros” pudessem se apresentar com mais freqüência, criando assim um público.
Após esse momento, a tônica da discussão ficou em torno da necessidade de união entre as manifestações. A divisão de opiniões era entre a criação de um único ponto, para todas as tradições, ou de um circuito, para facilitar o acesso da população da periferia, que teria dificuldade de se unir em um só local por conta do transporte. Em meio à discussão sobre a criação de um novo ponto, a pesquisadora Iara Machado colocou a questão da burocracia para se criar um novo local e contar com verbas municipais, e que, assim, seria melhor usar espaços já existentes.
Outra proposta referente às verbas do poder público foi a transformação da Casa do Povoador em museu, o que contaria com verbas do poder público. Gustavo Torrezan citou apenas que a Casa do Povoador teria dificuldade de abrigar todas as tradições de uma só vez.
Finalmente, Vanderlei Bastos, do Batuque de Umbigada e Fátima , citaram a necessidade de parceria com a Educação, para que se criassem propostas pedagógicas e que o espaço das escolas pudesse ser usado também com essa finalidade.
No fim da tarde a decisão foi de concluir o debate no domingo.
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